terça-feira, 10 de maio de 2011

O que é antítese?
Antítese é uma das mais conhecidas e usadas figuras de linguagem da língua portuguesa. Ela consiste na aproximação de palavras que expressam idéias contrárias.
Não existiria som se não fosse o silêncio
Não exisitira luz se não fosse a escuridão
(“Certas Coisas”, Lulu Santos)

Onde queres prazer, sou o que dói
E onde queres tortura, mansidão
Onde queres o lar, revolução
E onde queres bandido, eu sou o herói
(“O Quereres”, Caetano Veloso)  

O que é uma Antítese?
É uma figura de estilo.
Utilização de dois elementos contrários, com o objectivo de reforçar a mensagem.
Ex:
 Eles são como o dia e a noite.
O que é Paradoxo?
   A palavra paradoxo, vem do grego parádoxos, que significa contrário à previsão ou à opinião comum, e passou ao português através da palavra paradoxon em latim, que significava coisa contrária à opinião. Assim sendo, um paradoxo é uma afirmação que aparenta ser contraditória ou oposta ao senso comum.

O termo paradoxo é usado mais frequentemente para referir uma afirmação que parece ser contraditória, incrível ou absurda. Uma afirmação paradoxal contém duas ideias (ainda que uma possa não ser referida, mas fazendo parte do senso comum) que se colocam em oposição uma à outra.

Este termo, refere-se a algo que aparenta ser logicamente verdadeiro mas que de facto é tão absurdo que jamais poderia ser verdadeiro. Como uma afirmação paradoxal é feita a partir de pressupostos aceites à partida como verdadeiras, isto significa que pelo menos um deles tem de ser incorrecto e deve ser abandonado.

Paradoxos são ferramentas eficientes para demonstrar que algumas ideias normalmente assumidas como verdadeiras, nem sempre merecem a nossa aderência inquestionável. A utilização dos paradoxos numa demonstração pode ser semelhante à utilização da redução ao absurdo em que a partir de uma certa premissa se chega a uma conclusão que se sabe absurda, provando-se a sua falsidade naquele contexto.

Qual a diferença de paradoxo é antítese?

Observe que o eu lírico emprega palavras que se opõem quanto ao seu sentido: “céu” se opõe a “mar”, “amargo” a “mel”, “bem” a “mal”, “odiar” a “querer”, com a finalidade de construir o sentido a partir do confronto entre idéias opostas. O mesmo acontece nesses versos de Vinícius de Morais:

“Tristeza não tem fim,
Felicidade, sim.”

Há quem confunda “antítese” com "Paradoxo". A diferença reside, entretanto, na maneira como esses opostos se relacionam. Na antítese, temos duas teses contrárias, antônimas:

“Estou acordado e todos dormem, todos dormem, todos dormem”.
(Monte Castelo, Renato Russo)

Enquanto o eu lírico está acordado, os outros serem dormem. Seria um exemplo de paradoxo se a mesma construção estivesse da seguinte maneira:

“Estou dormindo acordado”.

Neste caso, temos um exemplo de paradoxo, já que a oposição de idéias se dá num mesmo referente.
Portanto, antítese é a figura de linguagem que consiste em construir um sentido através do confronto de idéias opostas.